Diário de Bordo: Caravana brasileira chegou à Grécia

Por causa de sua geografia privilegiada, o Apóstolo Paulo dedicou parte significativa de seu ministério às terras gregas.
Grécia

Depois de inúmeras horas de voos, saímos da cidade de Esmirna, no oeste da Turquia, e desembarcamos em Atenas, capital da Grécia. A cidade é mundialmente conhecida pelos Jogos Olímpicos, pela mitologia e pela geografia privilegiada. Foi justamente esse último aspecto que levou o Apóstolo Paulo a dedicar parte significativa de seu ministério às terras gregas. Mas a Atenas mencionada em Atos ficará para amanhã. Hoje, nosso foco será a importantíssima cidade de Corinto, onde acabamos de chegar.

Terras gregas foram um marco para o Apóstolo Paulo

O sítio arqueológico da antiga cidade fica a 50 quilômetros da capital da Grécia. Antes de chegar lá, amos pelo Canal de Corinto — uma obra de engenharia bastante ousada de aproximadamente 6 quilômetros, que conecta dois portos situados em dois extremos da região, facilitando o transporte de mercadorias.

As ruínas de Corinto ficam no alto de uma montanha. Embora apenas cerca de 10% da área tenha sido escavada até hoje, os vestígios já revelados oferecem um panorama vívido e marcante de agens cruciais do Novo Testamento.

Paulo viveu por cerca de um ano e meio aqui. Durante esse período, precisou adotar uma postura firme diante dos coríntios, algo evidente nas duas cartas que mais tarde enviou à igreja local. A principal dificuldade enfrentada era a influência da cultura pagã dos povos da região: muitos irmãos misturavam a fé cristã com os costumes do povo.

A resistência a Paulo foi tão intensa que, em certo momento, até os judeus residentes agrediram o chefe da sinagoga no Bema — o tribunal público — por ele não se posicionar contra o Apóstolo. Logo na entrada do sítio arqueológico, é possível ver as ruínas do templo dedicado ao deus Apolo, onde os habitantes celebravam conquistas olímpicas. Ali, os sacerdotes realizavam sacrifícios de cordeiros às divindades, e as sobras eram comercializadas para manutenção do templo.

Já o templo de Afrodite localizava-se no alto da montanha. Cerca de mil prostitutas desciam diariamente até a cidade para sustentar o templo por meio da prostituição ritualística. Quando os navios atracavam nos portos, eram elas que os homens procuravam. Além disso, as sacerdotisas seduziam a população com supostas profecias.

Foi nesse cenário que Paulo escreveu o célebre “capítulo do amor” (1 Coríntios 13), traçando um forte contraste entre o amor ágape — do tipo de Deus — e o amor éros, de natureza humana e carnal.

Foi aos coríntios que Paulo escreveu sobre a Santa Ceia, a ordem no culto, as verdadeiras manifestações do Espírito — como a profecia bíblica — e o ministério da reconciliação. Ele tratou desses temas para proteger e fortalecer a igreja em meio ao caldeirão pagão que fervia em Corinto, como explicou Manoel Dias.

Hoje, os templos são apenas ruínas, mas a Palavra de Deus permanece viva e poderosa.

“Gostaria de falar sobre a minha experiência na cidade de Corinto, porque foi algo extraordinário e inexplicável. Colocar os pés naquela terra, ver aquela cidade, todo contexto que ela representa. Saber que Paulo ou por ali, fez as viagens missionárias e até fundou uma igreja lá. Saber todo contexto bíblico e histórico que essa cidade tem. Nessa viagem, vivemos a história e não vimos apenas restos arqueológicos. Há uma presença divina naquele lugar, onde o Evangelho foi pregado. Tudo é muito impressionante. Sou grata ao Senhor por ter visto com os meus olhos, algo de tamanha importância. Voltei com meu coração cheio de alegria”, testemunhou Marizelia Muniz.     

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