Eduarda Lins
Eduarda Lins
Aluna do Rhema Brasil em Campina Grande


Esses dias eu estava meditando na carta de Paulo aos Gálatas, e no começo do livro Paulo fala sobre ele ter sido um perseguidor da Igreja de Cristo. Gálatas 1.13 “Vocês ouviram qual foi o meu procedimento no judaísmo, como perseguia com violência a igreja de Deus, procurando destruí-la.”, e aquilo me inquietou.

Paulo era um dos maiores perseguidores da Igreja, mas até ele, que fazia de tudo para destruí-la, voltou-se em favor Dela e começou a anunciar a mensagem do amor de Jesus. E ele fala Gálatas 1.11-12. “Irmãos, quero que saibam que o evangelho por mim anunciado não é de origem humana. Não o recebi de pessoa alguma nem me foi ele ensinado; pelo contrário, eu o recebi de Jesus Cristo por revelação.”  Ao meditar nesta carta, me veio uma indagação: O que faz alguém acreditar no que um dia desacreditou fielmente?

Muitas vezes, por medo de deixar a ‘liberdade’ do mundo, as pessoas se privam de provar algo novo, algo que realmente pode mudar radicalmente a vida delas. O medo do sim. Eu já tive medo de dizer sim à Cristo, que boba eu era. Mas eu tinha receio de deixar meus amigos, minha vida cheia de coisas ‘boas’. Eu pensava que dizendo sim à Cristo as pessoas iriam me viram as costas – que foi o que aconteceu -. Mas, sabe, eu venho percebendo em algumas pessoas o medo delas não é de deixar essa tal liberdade que o mundo oferece, mas elas têm medo de não serem aceitas do jeito que estão. Mas nós bem sabemos que a Palavra diz em Mateus 11.28-29 “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e Eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas.” As pessoas precisam saber que elas podem ir como estão, mas a GRAÇA fará com que elas mudem no decorrer da caminhada.

Me tenho como exemplo disso. Eu achava isso de ser cristão muito careta e sem graça. Eu pensava: como as pessoas deixam de se divertir para estarem dentro de uma igreja sentada ouvindo um monte de coisa que eles nem sabem se é verdade? Eu era uma adolescente, meus pais haviam me ensinado sobre quem era Jesus e sobre a importância de nunca deixá-lo. Mas eu não os via em igreja, e achava que não faria tanta diferença não ir para uma – congregar -.

Eu sempre gostei de festas, muitos amigos, roupas curtas e tantas coisas que o mundo oferece. Mas chegou um tempo em que eu comecei a conhecer outras pessoas, outros olhares sobre o mundo, outras verdades. A primeira coisa que me vinha a cabeça quando me falavam sobre ser cristã era: e minhas roupas curtas? HAHAHA A gente tem mania de querer se mudar instantaneamente. Isso é um processo. Mas aos 15 anos eu fiz uma decisão importante. Na hora não lembrei de nada e ninguém. Só sei que o que falaram era sobre mim, alguém tinha contado a minha vida aquela pessoa, mas ela era uma cantora famosa e não me conhecia. Foi sobrenatural.

Não foi doloroso deixar de ser quem eu era para me tornar quem eu realmente fui chamada para ser. A dor veio depois que muitos deixaram de ser meus amigos. Mas sabe, aquilo foi bom. Era preciso. Nada foi em vão. Eu tive muito medo de dizer sim a Jesus, mas hoje eu percebo que a graça de vivê-lo é maior do que qualquer medo.

Hoje eu olho para quem me tornei e percebo o quão boba eu era por ter medo de dizer sim. Se as pessoas realmente soubessem quem Deus é, se elas se permitissem provar desse amor que preenche todo o vazio do coração, que sara todas as feridas do corpo e da alma. Ah, se eles soubessem que não há liberdade maior do que viver em Cristo e para Cristo.

O medo do sim e a graça de vivê-lo. Venham como estão. Nós, a igreja, te aceitamos, porque como filhos de Deus e seguidores do Seu amor, estamos aqui para te abraçar e te amar com o amor Dele, que é puro e sincero. Não tenham medo de estender as mão e pedir ajuda. Não tenham medo de clamar o nome Dele. Não tenham medo de deixar de ser quem são para se tornarem quem Deus quer que vocês sejam. Ele quer que vocês sejam livres. Livres para dançar na presença Dele. Livres para correr, pular, chorar, sorrir, gritar.

Talvez você faça todas essas coisas com a vida que leva sem Cristo. Mas, e a felicidade? Quando a festa acaba e você volta para a sua casa, como fica a felicidade? Ela vai com você, ou ela acaba ao termino da batucada da bateria? Sabe, talvez você esteja pensando: eu sou feliz sempre, mesmo quando a festa acaba. Mas nem sempre é assim. Eu sei que não é porque eu já vivi assim. Eu já usei todos esses argumentos para provar que eu não precisava ser cristão para ser feliz. Até descobrir que a felicidade plena a gente só encontra Nele. Não tem para onde correr, só Nele seremos felizes.

Hoje eu digo sim todos os dias a Ele. Parei de ser a menina boba que deixava ser moldada pelo dialeto do mundo. Me permitir ser sal e luz. Luz em meio a escuridão e sal para temperar o mundo com o amor de Cristo. Hoje eu me recuso a ver pessoas na mesma situação que um dia me encontrei ou piores. Eu decidi fazer algo. Eu decidi obedecer, dizer sim a voz Dele e a solicitude para orar por essas pessoas. É incrível como Deus faz as coisas, um dia era eu quem estava do outro lado, e alguém orou para que eu fosse trazida de volta à vida. Hoje sou eu quem oro pelas pessoas que continuam do lado em que um dia me perdi, mas GRAÇAS A DEUS que fui achava.

E é o que Paulo faz. Um dia ele estava do lado que perseguia a Igreja, no outro ele estava do lado que defendia a Fé e o amor. Que sejamos como Paulo, que tenhamos amor pela Palavra a ponto de não nos conformamos em ver pessoas se perdendo sem conhecê-la. Decida fazer algo. Decida amar. Decida fazer alguém voltar a viver. Seja a revolução do amor. Seja a carta de amor de Deus para eles. Seja sustento, amparo, correção. Aja como Jesus agiria, mostrando em atitudes o TAL amor que foi derramado na cruz por amor daqueles que um dia O disseram SIM.

Romanos 5.8 “Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.”

Ontem no culto dos jovens da minha igreja, o líder, na hora da ministração, nos fez uma  pergunta, e eu irei deixá-la aqui para te encorajar a fazer algo.

“O QUE VOCÊ TEM FEITO COM O QUE VOCÊ ACREDITA?”

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