Justiça é um conceito que vem desde os primórdios da humanidade e é um direito fundamental no relacionamento entre as pessoas, tanto individualmente como em grupos. É o que assegura que as regras e leis sejam aplicadas de forma justa e imparcial a todos os indivíduos. A equidade, por sua vez, significa que todos precisam ser tratados de acordo com suas diferenças e que oportunidades sejam oferecidas de acordo com as necessidades de cada um.

Mas hoje, gostaria de falar especificamente sobre esse assunto em relação às crianças, que são o nosso foco de interesse. Vamos nos basear no versículo que está em Salmos 99:4, que diz: “Rei poderoso, amigo da justiça! Estabeleceste a equidade e fizeste em Jacó o que é direito e justo”. Perceba o tratamento individualizado e direcionado: “e fizeste em Jacó o que é direito e justo”.

Na nossa sala, recebemos crianças diferentes em vários aspectos: umas mais alegres e extrovertidas, outras mais quietinhas e introvertidas, outras com muita energia, dependendo das faixas etárias; algumas já estarão em fase de alfabetização, outras não; algumas com necessidades especiais e muitas outras diferenças que não daria para enumerar aqui, mas se fossem só essas já seriam muitas.

Então, de que forma poderíamos alcançar todas essas crianças na mesma sala? Como ser justo com todos sem tratá-las todas igualmente, ou seja, sem atender às suas diferenças?

Quando planejamos e aplicamos a nossa aula, pensamos em todos? Fazer justiça em uma sala com tantas crianças é ter um olhar mais criterioso sobre elas, é observar a criança para direcionar para ela o que é possível dentro do seu entendimento, para ser justo com todas. Isso não quer dizer que você vai falar individualmente com cada criança em uma sala cheia – isso não seria possível. No entanto, oferecer a elas diferentes oportunidades de aprendizagem para que se encontrem em alguma delas seria a proposta mais viável.

Você pode, dentro da mesma lição, mostrar várias perspectivas do mesmo assunto, levar as lições em formatos diferentes, reforçando o mesmo conteúdo.

Assim, você estará abrindo um leque de opções nesse aprendizado e observando as diferenças dentro de um planejamento diversificado. Tratar com equidade não é a mesma coisa que tratar com justiça. Justiça é ser imparcial com todos, independente das diferenças. Equidade, por sua vez, atende às diferenças, considerando suas necessidades e dificuldades. Isso porque criança não ouve uma ministração da mesma forma que um adulto, que filtra a mensagem e direciona para si mesmo ou não.

Vi uma imagem na internet, de Maria Carolina Montez, que nos mostra exatamente essa diferença.

Veja bem! Na primeira cena, é oferecido o mesmo fruto a todos, porém alguns alcançarão, outros não. É justo que seja oferecido o mesmo fruto a todos, mas todos receberão?

Na segunda cena, é a mesma situação, mas com a possibilidade de todos alcançarem porque as oportunidades foram diferenciadas, atendendo às individualidades de cada um.

A mesma situação podemos ver em nossas salas: quando chegamos mais perto do coração das nossas crianças, através de planejamentos mais intencionais e direcionados às suas necessidades, estamos dando e para que elas alcancem o objetivo que é aprender e viver a Palavra de Deus, que foi semeada no seu coração.

Seja você como o professor, ou o tio que vai alcançar primeiro o coração da criança através da Palavra de Deus e dar oportunidade a cada uma delas de serem alcançadas.

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